Enquanto Bolsonaro depõe em ação penal do golpe, Sarney é homenageado no TCU por democracia

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Estadão

Ao mesmo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro era interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal que investiga suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o ex-presidente José Sarney recebia nesta terça-feira (10), uma homenagem no Tribunal de Contas da União (TCU) pelos 40 anos da redemocratização do País. A coincidência foi vista como simbólica por atores políticos.

Sarney foi ovacionado ao iniciar seu discurso, na presença do presidente da Corte de Contas, Vital do Rêgo Filho, e de figuras do MDB como o senador Renan Calheiros (AL) e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

“Temos o dever de vigiar pela democracia e comemorá-la na expressão jurídica de Thomas Jefferson [ex-presidente dos Estados Unidos], quando ele dizia que o preço da liberdade é a eterna vigilância”, declarou Sarney. “Foi a liberdade que me coube implantar do regime que sufocara durante muito tempo, em uma longa noite, essa própria liberdade”, emendou.

Primeiro presidente civil do País após 21 anos de ditadura militar, Sarney assumiu o cargo após a morte de Tancredo Neves, que havia sido eleito para o Palácio do Planalto de forma indireta, mas morreu antes de tomar posse.

Hugo Motta reclama de despacho de Flávio Dino sobre emendas, e insatisfação vira risco para pauta do governo

Um homem com óculos e terno está falando em um microfone durante uma sessão legislativa. Ele parece estar explicando ou defendendo um ponto de vista, com as mãos gesticulando. Ao fundo, há uma estrutura de vidro e metal que sugere um ambiente formal, como um parlamento ou câmara de deputados.

Folha de S.Paulo

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se queixou de novo despacho do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre emendas parlamentares em telefonema à ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, nesta terça-feira (10).

No despacho, no âmbito de ação que trata das emendas parlamentares, Dino cobra informações do governo e do Congresso Nacional sobre recursos que congressistas teriam direcionado dentro da verba discricionária do Executivo do Ministério da Saúde e não por meio das emendas oficialmente reservadas ao Legislativo.

Parlamentares ouvidos pela reportagem dizem que o despacho aumenta a insatisfação dos deputados e senadores com o STF e o Executivo, já que parte deles diz enxergar participação de integrantes do governo federal nessas decisões do ministro.

Essa movimentação acendeu um sinal de alerta entre governistas. Há uma avaliação de isso pode gerar um risco de paralisia na tramitação de pautas de interesse do governo federal no plenário da Casa. Esta seria uma forma de utilizar o Executivo para pressionar Dino sem gerar desgastes com o Supremo com pautas anti-STF.

Procurada, a Secretaria de Relações Institucionais não confirma a ligação. Motta, via assessoria de imprensa, disse que não vai comentar.

A decisão do magistrado ocorre num momento em que há insatisfação dos parlamentares com o que consideram uma demora do Planalto neste ano na liberação das emendas. Até agora, apenas R$ 61 milhões dos R$ 50,4 bilhões programados para o ano foram empenhados (o termo se refere à primeira fase da execução orçamentária, quando se reservam verbas para aquela despesa). Eles também dizem que há uma grande pressão dos prefeitos pela liberação desses recursos.

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Ex-ministro Gilson Machado nega ter tentado expedir aporte europeu para Mauro Cid

SEM PÚBLICO - Gilson Machado: fiel ex-ministro do Turismo não conseguiu alianças e ainda patina nas pesquisas -

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), nega que tenha tentado expedir um aporte português para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid, no consulado de Portugal no Recife, capital pernambucana.

Segundo um parecer da PGR, há “elementos sugestivos” de que Machado atuou para atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista que ocorre nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF), o que pode configurar obstrução de investigação, segundo a Procuradoria.

“Eu, Gilson Machado Guimarães Neto, tomando conhecimento das publicações, nego veementemente ter ido a qualquer consulado, inclusive o português no Recife-PE. (…) Reitero, nessa oportunidade, que apenas mantive contato telefônico em maio último, com consulado português, tão somente solicitando uma agenda para meu pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, renovar o aporte, o qual foi feito após dita solicitação”, diz a nota emitida pelo ex-ministro do Turismo.

A investigação foi aberta diante da constatação de que Machado não conseguiu obter o documento no consulado português de Recife, mas poderia tentar obter o documento em outro posto diplomático.

“A Polícia Federal apresenta elementos sugestivos de que o senhor Gilson Machado Guimarães Neto, que exerceu o cargo de Ministro de Estado do Turismo durante a gestão do então Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, esteja atuando para obstruir a instrução da Ação Penal nº 2.688/DF e das demais investigações que seguem em curso”, diz a PGR.

A suposta missão de Machado para conseguir um aporte a Cid teria ocorrido no dia 12 de maio, segundo a PF. O objetivo do aliado de Bolsonaro era “viabilizar a Cid a saída do território nacional”.

Lula em Paris: aluguel de carrões durante visita custou ao Brasil mais de R$ 974 mil

Diário do Poder

De volta ao Brasil, Lula traz na bagagem amarga fatura da estada de alto luxo e gastança dos dias que desfrutou com a primeira-dama Janja em Paris (França). A coluna informou em primeira-mão que o custo da hospedagem do “casal esbanja”, como Lula e Janja são chamados em Brasília, ou de R$ 1,2 milhão.

Não bastasse tal desfeita ao pagador de impostos, o petista torrou outra fortuna, por nossa conta, em aluguel de belos carrões para zanzar pela “Cidade Luz”: foram R$ 974.459,71.

Com tanta gente na comitiva, o cerimonial de Lula pediu quartos extras para hospedar a turma. Por isso, a fatura disparou mais R$ 144,4 mil.

Aos poucos, mais e mais notas da agem de Lula vão aparecendo. Só a hospedagem da tripulação que levou Lula nos custou R$ 76,4 mil.

Foi contratado intérprete para Lula inclusive para evento sobre oceanos, talvez por isso o custo do monoglotismo saiu tão salgado: R$ 38,8 mil.

O ministro interino Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), com dificuldade para se comunicar, teve o próprio intérprete: R$ 4 mil o dia.

Alepe aprova indicação de Moshe Dayan para a Adagro e criação de vagas no TCE

Blog Dantas Barreto

Na mesma sessão plenária da Assembleia Legislativa na qual foi aprovado reajuste salarial dos professores da rede estadual, outros projetos que estavam dependendo de quórum também receberam votos favoráveis, nesta segunda-feira (09). Os deputados deram aval à nomeação do veterinário Moshe Dayan para presidente da Adagro. Ele era assessor parlamentar da deputada Débora Almeida (PSDB) e foi escolhido pela governadora Raquel Lyra (PSD).

Também foi aprovado o projeto enviado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para a criação de 22 cargos que serão preenchidos no concurso público que foi lançado na semana ada.

Estes projetos vinham sendo pautados pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, no entanto a bancada do Governo não estava comparecendo para evitar quórum. A intenção era garantir a tramitação do projeto sobre o empréstimo de R$ 1,5 bilhão e o agendamento da sabatina com o do Distrito de Fernando de Noronha, na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ).

A oposição estava colocando como condição para apreciar as duas matérias que o Governo do Estado respondesse ao pedido de informação sobre os R$ 9,2 bilhões já autorizados. As informações chegaram à Assembleia Legislativa, sexta-feira ada, e estão sob análise, conforme o relator, deputado Waldemar Borges (PSB).

Mas, diante da pressão do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe), boa parte da base governista compareceu ao plenário e todas estas propostas foram aprovadas.

Novo programa para facilitar quitação de dívidas com o Governo de Pernambuco

Para ampliar as possibilidades de quitação de débitos com o Estado, o Governo de Pernambuco enviou à Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) o novo Programa Especial de Recuperação de Créditos (Perc), na forma de Projeto de Lei Complementar.

Se aprovado, o projeto deve começar a operar em julho deste ano.

O objetivo do Perc é facilitar as condições de pagamento do contribuinte, ao oferecer até 100% de desconto sobre juros e multas para pagamentos à vista, e possibilidade de parcelamento em até 120 meses (10 anos). Também será permitido o uso de créditos acumulados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não limitado às matrizes e filiais.

O secretário da Fazenda de Pernambuco (Sefaz), Wilson José de Paula, destacou que o programa traz avanços importantes em relação ao Dívida Zero. Segundo ele, os benefícios agora também incluem débitos não tributários, como os oriundos da Agência Estadual de Meio Ambiente (RH), da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e outras autarquias estaduais, o que amplia o alcance do programa. Ainda de acordo com o secretário, o desconto para pagamento à vista será mais vantajoso. “Desta vez, nós vamos fazer com 95% tanto em multa quanto em juros”, afirmou.

Outro ponto ressaltado por ele é a ampliação do número de parcelas possíveis. “Respeitando a capacidade de pagamento dos contribuintes, nós dobramos o prazo: agora são até 120 parcelas, seja para pessoa física ou jurídica”.

Entre os débitos que poderão ser regularizados, o Perc inclui a taxa de prevenção e combate a incêndios, cobrada pelo Corpo de Bombeiros. A medida vem após o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer, em março, a legalidade dessa cobrança. O programa permitirá o pagamento com desconto das taxas referentes aos últimos cinco anos.

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Lista tríplice só com mulheres para vaga do TSE tem disputa por apoio de ministros e de Janja

O prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

O Globo

A escolha de uma lista tríplice formada exclusivamente por mulheres para uma cadeira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem provocado uma intensa disputa de bastidores dentro do governo. As advogadas Estela Aranha, que foi secretária no Ministério da Justiça, e Vera Lúcia Araújo, que já atua como ministra substituta da Corte, despontam como favoritas e se articulam na busca de apoios no mundo político. A escolha caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um dos trunfos buscado por elas é a chancela da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que costuma influenciar o marido.

Na lista aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) consta também a desembargadora Cristina Maria Neves, do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). Procuradas, elas não quiseram comentar a disputa pela vaga.

Estela é, até agora, quem mais conseguiu reunir defensores de sua escolha entre nomes próximos a Lula. Um deles é o de Edinho Silva, ex-ministro e favorito para assumir a presidência do PT no mês que vem. Em conversas com integrantes do governo, o ex-prefeito de Araraquara (SP) tem argumentado que a atuação da advogada na área de direito digital pode ser útil ao tribunal durante as eleições do ano que vem, quando a expectativa é de uma disputa marcada por guerras virtuais.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também tem simpatia pelo nome de Estela, que após deixar o Ministério da Justiça ocupou um cargo de assessora especial da Presidência por alguns meses. Ela deixou o posto em março.

No Supremo, Estela é considerada a favorita da ministra Cármen Lúcia. A atual presidente do TSE, contudo, evita tomar lado e tem afirmado nos bastidores que avalia bem também as duas outras candidatas. Outro a apoiar a ex-secretária de Direito Digitais na Corte é o ministro Flávio Dino, com quem atuou no Executivo.

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Lula: crime organizado entrou na política, no Judiciário e no futebol

Lula durante discurso na Interpol

Na sede da Interpol, em Lyon, na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o crime organizado está envolvido em diversas áreas, como “política, Poder Judiciário, futebol e cultura”. Ele não citou os Poderes Legislativo e Executivo, que também contam com atuação e influência de organizações criminosas, como apontam investigações do Ministério Público e da Polícia Civil em diversos municípios brasileiros.

Lula afirmou ainda que, para ele, o papel da polícia em todo mundo hoje é o mais complicado da história diante do avanço do crime.  “Você não enfrenta uma simples quadrilha, são verdadeiras empresas multinacionais. Estão envolvidas na política, no Judiciário, no futebol, em toda parte da cultura. É como se fosse um polvo de muitos tentáculos tentando tomar conta de tudo o que tem de errado no mundo”, disse o petista.

O chefe do Poder Executivo federal disse ainda que ampliará a presença da Polícia Federal em outros países da América do Sul, região hoje com forte influência do crime organizado, como PCC, Comando Vermelho e grupos criminosos da Colômbia.

“Estamos ampliando a presença internacional da Polícia Federal, com 34 adidâncias nos cinco continentes. Agora estamos presentes em todos os países da América do Sul. Criamos o Centro de Cooperação Internacional da Amazônia, que reúne autoridades dos nove países que compartilham esse bioma, e fortalecemos a atuação conjunta na Tríplice Fronteira com Argentina e Paraguai contra crimes financeiros e o tráfico de drogas, de armas e de pessoas. Fortalecer a segurança pública também significa proteger a natureza. Meu compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030 a pelo combate firme aos crimes ambientais”, disse Lula.

Ainda segundo o petista, mais de 250 milhões de dólares em bens de criminosos ambientais foram apreendidos no ano ado. “Inutilizamos 60 milhões de dólares em maquinário de garimpos ilegais, como dragas, tratores, retroescavadeiras e aeronaves. Com o Programa Ouro Alvo, os governos do Brasil e França estão atuando no combate à extração e comércio ilegal de ouro e mercúrio”, disse.

Quem sai, quem fica: uma parte da Esplanada se prepara para disputar eleições

PlatôBR

Faltando um ano e quatro meses para as eleições, as conversas sobre quais ministros podem deixar seus cargos em abril para disputar as eleições estão ocorrendo no governo e a estratégia política conta com a intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais da metade dos 38 ministros deve deixar o cargo em abril de 2026, cumprindo a exigência da legislação eleitoral, que obriga a desincompatibilização pelo menos seis meses antes do pleito.

Entre os prováveis candidatos no ano que vem estão nomes estratégicos na condução do governo, como os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Renan Filho (Transportes).

Para evitar a interrupção de projetos em andamento, Lula deve manter ministros recém-chegados ou remanejados este ano. Alexandre Padilha (Saúde), por exemplo, pode abrir mão de disputar o cargo de deputado federal por São Paulo para ficar no posto até o fim do governo.

Planos para Alckmin

As conversas sobre desincompatibilização tocam até no vice-presidente, Geraldo Alckmin. O partido dele, o PSB, prioriza a repetição da parceria com Lula na chapa presidencial. Caso seja candidato a qualquer cargo, Alckmin não precisa sair da vice-presidência, mas terá que se desincompatibilizar do comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O vice-presidente é considerado como um possível candidato ao governo de São Paulo por integrantes do PT, que apontam a necessidade de uma chapa forte nas eleições no maior colégio eleitoral do país. O PSB, porém, rechaça essa ideia. O nome do partido interessado em disputar o Palácio dos Bandeirantes é o do ministro do Empreendedorismo, Márcio França. Ele quer concorrer em uma composição com o PT.

Interrogação sobre Haddad

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Lula decide não MP que reforça segurança do Supremo Federal

CNN Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não a Medida Provisória (MP) que reforça a segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) com 40 novos cargos de policial judicial.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que foi ministro do Supremo entre 2006 e 2023, foi escalado por Lula como o “mensageiro da má notícia”. O recado foi dado semana ada ao presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.

Barroso fez dois requerimentos ao Palácio do Planalto no início do ano, com base no que já havia sido aprovado por todos os demais ministros em sessão istrativa no Supremo. Uma MP seria para solicitar os novos agentes e outra para aquisição de equipamentos.

Apenas a segunda avançou. Foram liberados em abril R$ 27,4 milhões, já usados pelo STF para aprimorar a estrutura de segurança. Mas a autorização para a criação de mais cargos acabou empacada na Secretaria Especial Para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil.

Ao informar a Barroso que Lula não editaria a MP, Lewandowski não teria entrado em detalhes sobre as razões do presidente da República, mas sinalizou que não seriam motivos técnicos, mas políticos.

Com isso, o foco de Barroso ou a ser a aprovação da medida junto ao Congresso. Ele enviou à Câmara dos Deputados um projeto de lei, que aguarda encaminhamento por parte do presidente da Casa Legislativa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A avaliação do ministro é de que, especialmente depois dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando o Supremo foi invadido e depredado, o reforço de efetivo se tornou inevitável.

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Disputa política atrasa votação de reajuste salarial para professores de Pernambuco na Alepe

Disputa política atrasa votação de reajuste salarial para professores de Pernambuco na Alepe

Em encontro realizado na manhã desta segunda-feira (09) com representantes do Sintepe, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), atribuiu à governadora Raquel Lyra (PSD) a responsabilidade pelo ime que impede a votação do reajuste salarial dos professores da rede estadual e afirmou que a gestora só queria “dar ordens”.

A reunião ocorreu no auditório Sérgio Guerra, como parte das mobilizações promovidas pela categoria, que decretou paralisação das atividades em todo o estado para esta segunda.

Segundo informações obtidas com exclusividade pelo Jamildo.com, Porto relatou aos presentes o teor de uma ligação feita pela governadora, que teria solicitado a imediata aprovação de projetos do Executivo, entre eles o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 2968/2025, que trata do reajuste e da reestruturação das carreiras da educação.

“Quando ela ligou, a primeira palavra foi: ‘Eu quero que amanhã seja colocado em votação os projetos e é para aprovar’. Mas aqui não se resolve as coisas com ordem, e sim com diálogo. Quem manda nessa Casa são os deputados e o povo pernambucano”, afirmou Porto, diante dos sindicalistas e professores. Ele criticou o tom do telefonema e afirmou que “não vai receber desaforo”.

Durante a reunião, o presidente da Alepe também exibiu uma linha do tempo da tramitação do PLC 2968/2025, para afirmar que a Casa tem se empenhado em acelerar a análise da proposta desde sua chegada, no dia 28 de maio.

Previsto para às 9h, o encontro iniciou com quase duas horas de atraso. Tempo suficiente para lotar o Auditório Sérgio Guerra, da Alepe, com professores, estudantes e lideranças sindicais. Ao lado do presidente da Casa, estiveram os parlamentares: Dani Portela (PSol), João Paulo (PT), Coronel Feitosa (PL), Antônio Coelho (União), Rodrigo Farias (PSB), Rosa Amorim (PT), entre outros.

“A assembleia vem segurando o projeto. Agilidade, a gente cumpriu. Para mim, é um jogo. Mas, não um jogo político. O que está acontecendo é uma tentativa de colocar os professores, sindicato contra os deputados”, acusou Porto.

O presidente da Casa ainda disparou: “querendo transformar uma incompetência istrativa, de não entregar as coisas, de ser só promessas e agora querem usar vocês [professores] como foi usado na semana ada quando chamaram a presidente do sindicato ou a comissão para o Palácio [do Campo da Princesas]. Mas, a história que a gente sabe é essa de esvaziar a casa”.

A reunião de Hugo Motta e um governador sobre a federação MDB-Republicanos

Metrópoles

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), aproveitou a ida a um evento no Guarujá (SP), no fim de semana, para discutir a federação entre o seu partido e o MDB.

No último sábado (07), antes de participar de evento do Grupo Esfera, Motta tomou café da manhã com o governador do Pará, Helder Barbalho, uma das principais lideranças do MDB.

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), também iria participar do café da manhã com Motta e Helder, mas precisou retornar antes a Brasília por questões familiares.

Durante o fórum do grupo Esfera, Renan Filho defendeu a federação com o Republicanos. Segundo ele, o MDB corre o risco de ir para a série B da política, caso não se junte a outro partido.

“Digo ao MDB e ao Republicanos: ou a gente forma uma federação e vamos à próximo de 100 deputados na Câmara e à maior bancada do Senado, ou então vamos para a série B da política. E não combina com o MDB ir para a série B, ficar pequenininho, enquanto outros estão crescendo”, disse.

Em Nice, Lula discursa sobre ‘Amazônia azul’ em agenda encurtada por resfriado

Um homem de cabelos grisalhos e barba, vestido com um terno escuro e gravata clara, está em pé atrás de um púlpito. Ele tem as mãos juntas em um gesto de agradecimento ou saudação. No púlpito, há uma placa com o texto "Conferência des Nations Unies sur l'Océan" e a data "Nairobi, Lundi 5 Juin 2023". Ao fundo, há uma bandeira da ONU com o símbolo do globo terrestre e ramos de oliveira.

Folha de S.Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encurtou a agenda do último dia de sua visita à França, nesta segunda-feira (09), devido a sintomas de um resfriado ou gripe.

De manhã, ele participou da abertura da 3ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3), em Nice. Ele deveria ficar até a sessão plenária, mas saiu mais cedo que o inicialmente programado.

Em seu discurso, na sessão de abertura, o presidente da França, Emmanuel Macron, dirigindo-se diretamente ao “caro Lula”, lembrou a comunhão de objetivos entre a UNOC3 e a COP30, em novembro, em Belém.

Macron fez uma provocação indireta ao bilionário Elon Musk e seu projeto de viagens espaciais. Para o presidente francês, é preciso explorar “nossa última fronteira, os oceanos, em vez de nos precipitarmos para Marte”.

“A Groenlândia não está aí para ser tomada”, disse Macron em outro trecho do discurso, referindo-se ao projeto do presidente dos EUA, Donald Trump, de conquistar a ilha, território dinamarquês.

O presidente brasileiro só começou a discursar às 10h43, quase duas horas depois do anunciado pelo Planalto. Com a voz rouca, pigarreou em alguns momentos.

Lula fez uma brincadeira sobre o nome da cidade anfitriã da conferência. Disse achar que “Nice” era homenagem a uma mulher, mas que aprendeu que na verdade o nome “é resultado de muita luta” — vem de “niké”, “vitória” em grego.

“Temos orgulho de ser uma nação oceânica”, disse Lula, explicando o conceito de “Amazônia azul”. “As duas Amazônias sofrem o impacto das mudanças do clima”.

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Hotel em que Lula está hospedado em Nice tem diárias de até R$ 35.700

Hotel em que Lula está hospedado é de 5 estrelas e foi fundado em 1913

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado no hotel La Negresco, em Nice, na França. As diárias no local na costa sa têm um valor mínimo de R$ 6.700 e podem chegar a R$ 35.700.

Segundo o site do hotel, o local foi fundado em 1913 e reúne peças artísticas do século 18. Fica próximo à praia e é considerado 5 estrelas.

Esse é o 2º hotel que Lula se hospeda em sua viagem presidencial a França. Antes de chegar a Nice, o petista ficou hospedado em Paris, no hotel InterContinental Paris Le Grand.

As diárias no hotel da capital sa em uma suíte presidencial custavam cerca de R$ 64.000. As diárias do presidente na França são pagas pelo governo francês, mas esse privilégio não se estende, necessariamente, à comitiva do petista.

Desde que voltou ao Planalto, em 2023, Lula já viajou para 35 países. Quando retornar da França, completará 114 dias fora do país desde a posse. Em 2025, já foram 7 viagens para fora do Brasil.

Lula se manifestou no último sábado (07) pelas críticas que vem recebendo por causa dos gastos com as viagens para fora do país. Em conversa com jornalistas em Paris, disse que não está preocupado com os custos, mas com os resultados que traz ao Brasil.

“De vez em quando as pessoas perguntam quanto a gente está gastando para fazer essa viagem. Eu não sei quanto estou gastando, porque eu não cuido disso. Mas eu sei quanto eu estou levando de volta para o Brasil”, disse Lula.

Ratinho pai esboça discurso antipolarização que pode basear campanha presidencial do filho

Folha de S.Paulo

Famoso apresentador de programa de auditório no SBT, o empresário Carlos Roberto Massa, mais conhecido como Ratinho, vai esboçando um discurso afinado com o do filho, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD).

O plano do filho é entrar na disputa à Presidência da República em 2026, ainda que o próprio partido, controlado por Gilberto Kassab, não tenha batido o martelo sobre qual rumo pretender tomar nas eleições.

“Quem a gente precisa pôr na Presidência da República é alguém que queira tocar o Brasil como país. Eu acho que tem que ter um cara equilibrado, para tocar o Brasil com equilíbrio. Sem lado, nem esquerda, nem direita. Não precisa”, disse o pai do governador há cerca de um mês à Jovem Pan.

No mesmo programa, Ratinho pai ainda reclamou da “briga política boba” e do “fanatismo” e, em tom de campanha eleitoral, disparou: “Lá no estado do Paraná, ele [Ratinho Junior] não briga com ninguém, faz a coisa certa. Não tem lado político, não briga com deputado, não briga com juiz, não briga com promotor. Ele trabalha”.

O discurso da antipolarização também tem sido usado pelo filho desde a vitória nas eleições de 2022, quando ele se reelegeu ainda no primeiro turno, e ou a defender que a sociedade “não aguenta mais a brigaiada política”.

Apesar disso, o próprio governador não tirou o pé do bolsonarismo e, na tentativa de garantir o eleitorado ligado ao ex-presidente, ou a defender publicamente a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023, pauta prioritária do PL de Jair Bolsonaro.

O pai do governador fez o mesmo na Jovem Pan: “É um absurdo deixar alguém ali preso 14 anos, 15 anos. Alguém no Brasil acredita que ali tinha algum terrorista?”.

O discurso afinado entre pai e filho se estende a outras pautas, como na área de segurança pública. Ambos cobram um endurecimento das leis penais e falam do “juiz que solta bandido”.

Ratinho pai costuma dizer que não gosta da esquerda, assume o voto em Bolsonaro nas eleições de 2022, mas tem evitado o ataque direto ao presidente Lula (PT), assim como o filho.

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